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Área de plantio da soja em MT destina aproximadamente 500 mil hectares à soja convencional

De acordo com especialistas, o preço pago pela saca pode chegar a até R$ 50 a mais do que o valor da saca de soja transgênica.

Nesta safra, a área com soja em Mato Grosso é de 11,8 milhões de hectares. Cerca de 4% disso, quase 500 mil hectares, são com soja convencional, ou seja, grãos que não passaram por modificações genéticas.


Apesar de pequeno, o espaço reservado para esse produto exigido por uma parte do mercado mundial, cresceu quase 35% nesta safra na comparação com a última temporada. E o motivo disso é que o preço pago pela saca pode chegar a até R$ 50 a mais do que o valor da saca de soja transgênica, que é geneticamente modificada e domina as áreas de plantio no país, além de atender à maior parte da demanda do mercado interno e externo.


A engenheira agrônoma e produtora rural, Vitória Cimadon plantou 2,5 mil hectares de soja na fazenda dela, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá. Quinhentos hectares foram reservados para a soja convencional.


A última vez que a agricultora havia plantado a soja sem modificação genética foi em 2017. Até então, ela priorizava trabalhar apenas com a transgênica.


Na propriedade, a estimativa é ultrapassar 65 sacas por hectare, na soja transgênica, enquanto na convencional, deve ficar em 60 sacas por hectare. Outra vantagem é o custo de produção do material com alteração genética.


“Comparando a convencional com uma transgênica, provavelmente vou ter um pouquinho mais de custo na convencional, visando aplicações”, disse.


De acordo com Vitória, a vantagem da convencional é o prêmio, valor pago a mais pelos países compradores aos produtores.


“Eu já recebi proposta dos prêmios de US$ 5 a mais. Se pegar o mínimo que me ofereceram, de US$ 5 por saco, e conseguir mais, acredito que vai ficar mais atrativo o custo no final”, explicou.

Depois de quatro anos em queda, a área plantada com soja convencional em Mato Grosso está maior nesta safra. A área plantada com o grão convencional passa de 490 mil hectares no estado.


O gerente do Instituto Soja Livre, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Eduardo Vaz da Silva, está em Mato Grosso há 12 anos, com o objetivo de fomentar a cadeia da soja tradicional.


São mais de vinte associados, desde compradores de sementes, sementeiros, indústrias exportadoras, que compram os grãos, além de outras empresas envolvidas direta e indiretamente com nesse nicho de mercado. De acordo com ele, apesar de ter menor produtividade e custo mais alto, a oleaginosa não-transgênica pode gerar mais lucro ao produtor.


"Hoje cerca de 90 a 95% do que é produzido no Brasil vai para o mercado europeu. A Europa tem uma regulamentação governamental em relação aos transgênicos. Isso é pela demanda de mercado. Então eles entendem que estão consumindo um alimento de maior segurança alimentar e também estão dispostos a pagar um pouco mais por isso também”, ressaltou.




Fonte: G1




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