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Yanomami: PF deflagra operação Libertação para combater garimpo ilegal


Garimpo ilegal na região do Parima, na terra indígena Yanomami, às margens do rio Uraricuera, no município de Alto Alegre, em Roraima


A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) a operação Libertação para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Estima-se que 20 mil garimpeiros estavam no território, o que causou uma grande crise humanitária na comunidade.


Segundo a Polícia Federal, os agentes irão trabalhar em duas frentes para impedir o garimpo ilegal: a derrubada da infraestrutura que sustenta a prática e a busca por provas.


“O foco neste momento é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos”, diz PF.


Ainda nesta sexta, a PF deflagou outra operação contra a lavagem de dinheiro oriundo de ouro ilegal. A corporação deve cumprir oito mandados de busca e apreensão, assim como de bloqueio de bens, em Roraima e Pernambuco.


O objetivo desta operação é encontrar a organização criminosa que lucra com a lavagem de dinheiro. Segundo apurações da PF, os suspeitos podem estar envolvidos no esquema que teria movimentado R$ 64 milhões no período de dois anos.


Crise humanitária


O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitária e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados desnutrição grave e malária nas últimas semanas.


A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal.


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Um levantamento da Hutukara Associação Yanomami aponta que o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares da Terra Indígena Yanomami. O estudo também estima que, com a atividade irregular, 20 mil garimpeiros estejam no local.


A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro , conforme decisão do governo Lula. Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas.


Fonte: O Documento



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