Wellington chama operação contra Bolsonaro de 'grotesca'
A ação deixou os membros do PL “estupefatos”, segundo o senador Wellington Fagundes, que defende que o Senado Federal tome providências
O senador Wellington Fagundes (PL) considerou que a operação da Polícia Federal, que fez buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta quarta-feira (03), é um abuso de autoridade contra o ex-mandatário. O veterano parlamentar classificou a ação como “grossa”, “grotesca” e “sem motivo”.
A ação deixou os membros do PL “estupefatos”, segundo o senador Wellington Fagundes. “Até pelo motivo, um atestado de vacinação. Nós não vemos motivo nenhum para uma operação grossa, grotesca, porque afinal de contas se trata de um presidente da república e todo presidente da república tem que ser respeitado, com a autoridade que ele exerceu e para a estabilidade da democracia, excesso sempre é perigoso”, afirmou.
Wellington diz que o PL irá tomar providências. “Como líder do Bloco Vanguarda, hoje de manhã já conversamos e eu acho que o Senado terá que tomar algumas providências, porque o abuso está acontecendo”, completou. A operação da PF investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Na casa de Bolsonaro, foram cumpridos mandados de buscas. O celular do ex-presidente foi apreendido.
Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa e mais cinco pessoas. O senador avaliou ainda que os Três Poderes devem se reunir e conversar para que “limites não sejam ultrapassados”. “Nós estamos cobrando para que os limites sejam muito bem observados, e seja sempre fruto de um diálogo. Não pode um poder ultrapassar o outro. Temos que conversar Legislativo, Executivo, Judiciário e encontrar o melhor caminho”, salientou.
Operação da PF
A operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) pela Polícia Federal investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal.
A investigação apura se teriam sido forjados os certificados de vacinação: do ex-presidente Jair Bolsonaro; da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele, para que eles pudessem entrar nos Estados Unidos. Bolsonaro ressaltou, contudo, que nunca tomou a vacina e que não foi lhe cobrado nenhum tipo de cartão em sua viagem internacional.
Foram presos na operação: o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro; o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Fonte: Minuto MT
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