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Sem hospitais para transplante de rim em MT, pacientes fazem peregrinação em outros estados

160 pacientes renais aguardam em fila de espera. Estado não tem hospitais e equipes médicas credenciadas.

Para conseguir um transplante de rim, pacientes renais crônicos precisam buscar o atendimento em outros estados por falta de hospitais e equipes médicas credenciadas em Mato Grosso. Além disso, o presidente da Associação dos Pacientes Renais e Transplantados, Carlos Pereira, afirmou que os pacientes ainda sofrem com a falta de medicamentos na rede pública.


“Muitos não vão [quando são chamados para o transplante], porque não têm condições financeiras de se manterem lá [em outros estados]. Às vezes precisam fazer exames, mas não conseguem ir. O transplantado depende de medicamentos e a maioria vem do Ministério da Saúde. Não tem vindo, tem faltado muito remédio”.

Desde outubro do ano passado, por conta de mudanças na administração, o Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, único que estava credenciado para transplantes de rim, deixou de oferecer o procedimento.

De acordo com a superintendente estadual de Regulação, Dúbia Campos, o estado está em tratativa com dois hospitais para retomada de transplantes de rim em Cuiabá.

“Um deles é o Hospital Estadual Santa Casa, mas o Hospital São Mateus também já demonstrou interesse”, explica Dúbia.

Apesar das negociações, não há previsão de quando os transplantes renais voltarão a ser realizados em Mato Grosso. Sobre a falta de medicamentos para pacientes renais, mas, conforme a superintendente, o problema é em nível nacional.


Transplantes de córneas

Na contramão da realidade dos pacientes renais crônicos, Mato Grosso é o 4º estado que mais realiza transplantes de córnea no Brasil. A professora Daysiane Rodrigues é de Rondônia (RO) e viajou para Cuiabá para fazer o procedimento, já que a previsão de espera no estado vizinho era muito maior.


De acordo com os médicos, um dos motivos para o bom desempenho é a solidariedade das famílias que autorizam a retirada dos órgãos dos parentes que morreram. No total, 40 cirurgias deste tipo são realizadas por mês em Mato Grosso.


O oftalmologista Orivaldo Nunes Filho explica que pacientes com urgência em realizar o transplante de córnea chegam a esperar apenas uma semana.


“Antigamente tínhamos uma lista de espera enorme, o paciente tinha que aguardar entre dois a três anos. Hoje, esse tempo diminuiu acentuadamente. Alguns pacientes conseguem em dois ou seis meses, pacientes de urgência conseguem praticamente em uma semana”.


Fonte: G1MT

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