Professora da UFMT chama a atenção para aumento de casos da Covid e defende medidas de prevenção
Mato Grosso já confirma a presença da nova subvariante da Covid-19, a BQ.1. Não menos perigosa, essa nova linhagem da BA.5 da Ômicron ataca as vias respiratórias superiores e se dissemina de maneira rápida. O retorno do uso de máscaras, e manutenção do quadro vacinal em dia estão entre as medidas emergenciais que devem ser adotadas, conforme orientações do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE-MT).
Para a médica e professora do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Natasha Slhessarenko, o momento requer atenção, pois a BQ.1, é apenas uma das mais de 200 sublinhagens da variante Ômicron, e apresenta as características deste. A primeira morte pela BQ 1 ocorreu em outubro deste ano, em São Paulo. Diversos estados já registram aumento dos casos de infecção.
“A BQ 1 é especializada em vias respiratórias superiores, e entre os sintomas dos que são infectados estão dor de garganta, obstrução nasal, coriza e cansaço. A nova subvariante se transmite de forma mais rápida, e tem escape imune, ou seja, as pessoas vacinadas podem ser infectadas por ela”, explica a professora, complementando que a prevenção ainda está no uso de máscaras e na manutenção do esquema vacinal completo.
A professora Natasha Slhessarenko aponta também para aqueles que são infectados e internados com complicações graves, resultando na maior parte em uma média diária de 77 óbitos. “As máscaras realizam o efeito mecânico na proteção, com intuito de diminuir a circulação viral. É de suma importância que os idosos e imunodeprimidos voltem a utilizá-las, especialmente em locais fechados, mal ventilados e com aglomeração de pessoas”, ressalta a médica.
Vacinação no Estado
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde do Estado (SES-MT) em Mato Grosso a cobertura para maiores de 16 anos é 72% para a primeira dose de reforço, e a professora da UFMT explica que a maior parte dos casos de infectados hospitalizados que vão à óbito são aqueles que não completaram o esquema vacinal ou não se vacinaram.
“A vacinação é ainda a melhor alternativa para a diminuição desse quadro. As pessoas acima de 18 anos devem tomar as quatros doses, conforme orientações de seus respectivos municípios. Dois grupos de risco alto são os idosos e imunodeprimidos que devem urgentemente retomar o uso de máscaras e completar o esquema vacinal”, finaliza.
De acordo com informações da página da Prefeitura de Cuiabá, crianças de cinco a 11 anos já estão tomando as primeiras e segundas doses. As que tenham acima de 12 anos e completaram o esquema vacinal com a primeira e segunda dose a mais de quatro meses devem receber a vacina de reforço.
Fonte: O Documento
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