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Produtores de MT buscam revisão do protocolo sanitário Brasil-China após caso de "vaca louca"

A Acrimat argumenta que o acordo foi mal redigido e não diferencia a forma clássica e atípica da doença, que é inofensiva para a saúde humana.

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) planeja solicitar a revisão do protocolo sanitário entre Brasil e China para exportação de carne bovina. A decisão ocorre após a identificação de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como "vaca louca", em uma propriedade no município de Marabá (PA). Segundo o protocolo atual, as exportações para a China devem ser interrompidas temporariamente após a confirmação da doença, mesmo que em sua forma atípica. A Acrimat argumenta que o acordo foi mal redigido e não diferencia a forma clássica e atípica da doença, que é inofensiva para a saúde humana. O diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, destacou que a suspensão das exportações pode gerar prejuízos incalculáveis para o setor, especialmente em um momento em que a pecuária já sofre com custos crescentes de produção e preços baixos na arroba. O Brasil é um dos principais fornecedores de carne bovina para a China, e Mato Grosso é o maior estado produtor do país. “Um acordo mal redigido em 2015, entre Brasil e China, não separou as duas formas da doença. E quando se identifica um caso ocorre automaticamente o embargo. Isso significa que o Brasil para imediatamente de exportar para a China, provocando um caos econômico em toda a cadeia. No último episódio, em 2021, quando ocorreu situação semelhante, tivemos quase 100 dias para retomar as exportações, com prejuízos incalculáveis para o setor”, afirmou. O caso registrado envolveu um animal macho de nove anos, criado em pasto sem ração, e sua carcaça foi incinerada no local. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) considera o Brasil como uma área de risco insignificante para a doença. Ribeiro Júnior afirmou que a "vaca louca" atípica é causada pela idade avançada dos animais e não oferece risco sanitário para outros animais ou para a população. Impactos na balança comercial brasileira Conforme estimativa da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a suspensão das exportações de carne bovina do Brasil para a China terá um impacto de cerca de US$ 500 milhões na balança comercial brasileira deste ano. De acordo com José Augusto Castro, presidente da AEB, grande parte da perda estimada dos US$ 500 milhões na balança comercial será devido à queda do preço da carne no mercado externo, que já vinha ocorrendo antes do registro da doença. Ele acredita que a retomada das exportações deve ocorrer em abril, já que as relações entre os governos dos dois países são favoráveis. O ex-secretário do MDIC, Welber Barral, também não vê motivos para alarmismo, pois o Ministério da Agricultura já afirmou que o caso no Pará é isolado, não afetando os seres humanos nem se espalhando pelo rebanho, e a solução para a retomada das exportações será mais rápida desta vez. Ambos destacam que o sistema sanitário brasileiro é avançado e a possibilidade de contágio é muito baixa. Além disso, os grandes Estados produtores, como Mato Grosso, não têm problemas para exportar e a retomada das exportações deve ser mais rápida do que no caso anterior, que ocorreu em 2021.



Fonte: PNB Online

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