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Pivô do escândalo da Lava Jato, Alberto Youssef é novamente preso pela PF


O doleiro Alberto Youssef foi preso, nesta segunda-feira (20), após determinação do juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Uma oitiva será realizada na terça-feira (21), via transmissão online.


Youssef foi condenado na Lava Jato a mais de 100 anos de prisão em vários processos, mas, como assinou acordo de delação, ficou apenas três anos preso, entre 2014 e 2017. Posteriormente, passou para prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.


Ele foi considerado peça-chave na revelação do esquema de corrupção na Petrobras. Entretanto, esse não foi o primeiro envolvimento do doleiro em casos do tipo. Youssef ficou conhecido a partir do caso Banestado, que investigou o envio ilegal de dinheiro para o exterior por meio do Banco do Estado do Paraná. Ele foi preso à época, assinou o primeiro acordo de colaboração da história brasileira e tinha se comprometido a não praticar novos crimes.


Na decisão, Appio explica que o Youssef “foi um verdadeiro arquiteto de diversas organizações criminosas ao longo dos últimos 20 (vinte) anos, sendo certo que a sua

multireincidência revela sua inompatibilidade com o regime de liberdade provisória sem condições”.


Conforme o juiz, o acordo de delação premiada afirmado com o Ministério Público Federal não se encontra em discussão, pelos requisitos de sua validade, mas apenas o âmbito de sua abrangência.


E, ainda, que isso não afeta o destino da investigação. “O presente procedimento, na medida em que seria uma carta em branco genérica que envolveria toda e qualquer investigação criminal, inclusive de crimes que sequer foram descobertos na data da assinatura do acordo”.


“Seria, na prática, verdadeira medida de impunidade e não creio tenhasido este o escopo da lei ou mesmo a intenção do acordo então firmado”, continua.


Fonte: O Documento

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