Percival tenta “ressuscitar” na política e provoca Max: “não tem culhões”
Ex-prefeito de Rondonópólis, que também já foi deputado federal e estadual, ressurge no cenário em apoio a Lula e gerando polêmica
O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, derrotado em seu projeto de reeleição, em 2016, por Zé do Pátio (SD), ressurgiu para o cenário político de Mato Grosso, nos últimos dias, por meio do que sabe fazer de melhor: declarações polêmicas.
Em entrevista, neste início de semana, para o programa “Passando à Limpo”, comandado por Agnelo Corbelino, na rádio 105 FM de Rondonópolis, o ex-deputado estadual e ex-deputado federal constituinte defendeu um projeto de oposição ao governador, Mauro Mendes (UB), que sirva de sustentação ao ex-presidente Lula (PT), que tentará voltar ao comando do país, em 2022.
Em reunião recente, onde estavam várias lideranças políticas da centro-esquerda e esquerda estadual, além de representantes do AGRO e outros apoiadores do PT, Percival tomou a ponta da mesa, despejou sobre todos suas mais diversas estratégias e elegeu Max Russi (PSB), atual presidente da ALMT, como o nome ideal para buscar o Palácio Paiaguás.
Muniz, todavia, sinalizou que o líder legislativo deve permanecer no conforto da reeleição certa e criticou pesadamente a postura política conservadora e sem ambição de Max, reforçando com a avalição de que Mato Grosso está “pobre” de lideranças.
“Eu provoquei ele mesmo (para ser candidato a governador), mas ele não tem “culhões”, desculpando o termo, para enfrentar isso não, ele é limitado. Vai brigar, brigar, brigar e ficar como deputado estadual. O que percebo é que ninguém quer largar o osso. Já que a fila do osso fez volta em Mato Grosso, todo mundo quer ficar ali no projetinho que lhe garante e tal (si). Mato Grosso está muito pobre de liderança”, criticou o veterano.
Para Percival, o líder do PSB em Mato Grosso é um perfil adequado para o contexto atual. “O PSB é aliado do PT a nível nacional (sic), deve fazer até uma confederação. O PT não quer apresentar um nome pro estado (a governador), então é (seria) o Max, que é uma liderança emergente, ou vai ficar nesse projetinho (deputado estadual) a vida inteira?”, indagou.
O “desbocado” político detalhou que chamou a atenção pessoalmente de Russi. “Eu falei pra ele: “ou você se apresenta para ser protagonista do novo momento de desenvolvimento do estado ou você vai ficar aí, vai morrer como deputado estadual”. Vai ficar renovando (mandato), renovando, chega disso. Precisamos de lideranças que surjam e tenham a oportunidade de crescer, de se apresentar, de ter ideias”, finalizou Percival.
Por trás das cortinas
Conforme trouxe à tona o MINUTO MT, nos últimos dias, Percival se aproximou da discussão política visando as eleições de outubro, diferentemente do que tenta pregar, não por Mato Grosso e nem por Lula, a quem tem sim apreço, mas para preparar terreno para si próprio.
Segundo informações de bastidores, o ex-prefeito tem enxergado lacunas no cenário que ainda lhe abrigariam em lugar de destaque, a médio e curto prazo, inclusive, sendo ele próprio a colocar o nome para concorrer à chefia do Palácio Paiaguás.
Fonte: Minuto MT
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