Novamente, MT tem representação feminina plural na Câmara
Coronel Fernanda recebeu apoio do bolsonarismo e Amália Barros foi candidata da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro
Mato Grosso elegeu duas deputadas federais e ambas pelo Partido Liberal, que serão empossadas em 1º de fevereiro.
A Coronel Fernanda, com 60.304 votos, e Amália Barros, com 47.479 votos, integrarão a bancada federal do Estado, com oito cadeiras, na Câmara dos Deputados.
Será a terceira legislatura com representação mato-grossense feminina plural, sendo que, nas vezes anteriores, foram eleitas parlamentares casadas com políticos considerados poderosos no contexto regional.
Cuiabana, Rúbia Fernanda é coronel da reserva da Polícia Militar e, de sua patente, advém seu nome parlamentar de Coronel Fernanda.
Amália Barros é jornalista, nunca militou no jornalismo mato-grossense e reside há pouco tempo em Campo Novo do Parecis (396 km a Noroeste de Cuiabá), onde seu marido é produtor rural.
Ambas foram eleitas pelo bolsonarismo.
Coronel Fernanda identificava-se enquanto "candidata do Bolsonaro" e, na eleição suplementar ao Senado em 2020, disputou adotando o mesmo slogan.
Amália recebeu as bênçãos da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, o que desencadeou apoio de vários ministros e ex-ministros de Bolsonaro, inclusive, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se elegeu governador de São Paulo.
A bancada federal, cuja legislatura chega ao fim, tem somente uma mulher mato-grossense.
É a professora Rosa Neide Sandes (PT), nascida na Bahia, ex-vereadora por Diamantino e ex-secretária de Educação em parte do Governo de Silval Barbosa;
Rosa Neide tentou a reeleição, mas a federação de seu partido, com o PCdoB e o PV, não alcançou quociente para conquistar vaga à Câmara.
Antes de Rosa Neide, Mato Grosso teve três deputadas federais titulares: Teté Bezerra (PMDB), Celcita Pinheiro (PFL) e Thelma de Oliveira (PSDB).
Teté é casada com o deputado federal, ex-deputado estadual, ex-prefeito de Rondonópolis em dois mandatos, ex-governador e ex-senador Carlos Bezerra; a professora Celcita Rosa Pinheiro nasceu em Santo Antônio de Leverger, é viúva do ex-deputado federal e ex-senador Jonas Pinheiro (DEM); e a enfermeira cuiabana Thelma era mulher de Dante de Oliveira, que foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Cuiabá em dois mandatos, ministro de Estado e governador reeleito.
Teté foi deputada federal em 1994, reelegeu-se em 1998 e ficou na suplência em 2002, mas assumiu o cargo em dezembro de 2004, com a renúncia de Wilson Santos (PMDB), que venceu a eleição para prefeito de Cuiabá naquele ano.
Celcita foi deputada federal em 1998 e 2002, quando Jonas Pinheiro cumpria mandato no Senado.
Thelma elegeu-se deputada em 2002 e 2006, sendo que sua segunda vitória aconteceu após a morte de Dante, em 6 de julho daquele ano; em 2016, Thelma disputou e venceu a eleição para prefeita de Chapada dos Guimarães, mas não conseguiu a reeleição.
SENADO – Duas mulheres foram eleitas para o Senado.
Em 2002, Serys Slhessarenko (PT) e em 2018, Selma Arruda (PSL).
Em 2002, Rosana Martinelli (PL) conquistou a segunda suplência do correligionário reeleito Wellington Fagundes (PL).
Serys foi secretária municipal de Educação em Cuiabá e secretária estadual de Educação, na cota do PV, no Governo de Carlos Bezerra.
Por três mandatos consecutivos, foi deputada estadual. Após o Senado, disputou eleições, mas sem sucesso.
A juíza aposentada do Tribunal de Justiça, Selma Rosane de Arruda, elegeu-se com apoio do grupo bolsonarista, do qual fazia parte.
Selma e seus suplentes, Clerie Fabiana e Beto Possamai, todos do PSL, foram cassados por crimes de caixa dois e abuso de poder econômico.
A cassação de Selma levou Mato a realizar, pela primeira vez, eleição suplementar ao Senado, na qual foi vencedor Carlos Fávaro (PSD), ora licenciado para exercer o cargo de ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A mulher está presente na suplência dos três senadores mato-grossenses.
Rosana, que foi vice-prefeita e prefeita de Sinop, é segunda suplente de Wellington Fagundes.
Margareth Buzetti (PSD), ora no exercício do cargo, é a primeira suplente de Carlos Fávaro.
O deputado federal eleito Fábio Garcia (União) renunciará à primeira suplência de Jayme Campos (União) para assumir sua cadeira na Câmara;.
Com a saída de Garcia, a segunda suplente Cândida Farias (MDB) será efetivada única suplente de Jayme.
Fonte: Diario de Cuiaba
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