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Judiciário apresenta projeto para capacitação sobre violência contra mulher em escolas

O projeto proposto faz parte da criação e implementação da Rede de Enfrentamento a Violência Doméstica e Familiar no Estado de Mato Grosso

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Cemulher-MT) expande a sua linha de atuação para levar informações às escolas sobre violência doméstica e familiar contra a mulher. Em reunião por videoconferência realizada na manhã de quarta-feira (16), a equipe da Coordenadoria apresentou o Programa “Cemulher e a Lei Maira da Penha nas Escolas” para representantes das Secretarias de Educação estadual e municipal.


A proposta é capacitar o corpo técnico e administrativo das escolas do Estado e municípios e conscientizar estudantes (crianças e adolescentes) sobre vivência da não violência doméstica e familiar contra a mulher.


No conteúdo da capacitação constam assuntos relacionados aos Direitos Humanos e a prevenção de todas as formas de violência contra a mulher, o que vai contribuir para o conhecimento da Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha. O objetivo é fomentar a reflexão entre todos da comunidade escolar sobre o enfrentamento da violência contra a mulher.


Presente na reunião, a coordenadora da Cemulher, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, ressalta a relevância do programa e principalmente a parceria firmada entre a Justiça estadual e as secretarias de Educação.


“Será um programa muito proveitoso porque quando falamos com crianças e adolescentes eles terão mais oportunidade de entender o que é violência doméstica, as suas causas, os ciclos da violência e levam a mensagem para casa. Por isso o trabalho com os professores e professoras, coordenadores e coordenadoras e mediadores e mediadoras das escolas, que são quem trabalham com crianças e adolescentes, é de suma importância. Precisamos unir o Poder Judiciário com a Educação no sentido de levar ações, saber quais são as dificuldades sobre o enfrentamento da violência doméstica e também aprender com eles.”


Ana Emília Brasil Sotero, assessora da Cemulher-MT, explicou toda a metodologia, desenvolvimento e os objetivos do projeto e disse inicialmente o programa será voltado para a capacitação dos professores e professoras e corpo técnico administrativo das escolas. “Quando todos tiverem a mesma linguagem e o mesmo entendimento aí vamos para a sala de aula para falar com crianças e adolescentes. Sabemos que violência doméstica é uma questão cultural. De geração para geração é passada a errônea mentalidade da superioridade masculina em detrimento da inferioridade feminina. Tudo começa dentro de casa. Precisamos unir família e escola para que a gente possa mudar essa mentalidade”, salienta.


Duas mediadoras escolares representaram o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, e na oportunidade ressaltaram o que vai significar essa parceria para todos os envolvidos.


“A violência doméstica contra a mulher é uma temática que precisa de urgência para ser tratada dentro das unidades escolares. Temos adolescentes e crianças que vivem em situação de vulnerabilidade e violência dentro dos seus lares e não sabem que estão nessa situação, porque consideram normal. Essa é uma pauta extremamente importante que a Secretaria de Estado de Educação abraça. Que seja um instrumento de multiplicação para os estudantes e um processo contínuo. Precisamos aumentarmos o diálogo para enfraquecer a violência e é através da formação dos profissionais que conseguiremos esse objetivo”, diz a mediadora Patrícia Simone da Silva Carvalho.


Para a mediadora Jozielle Carolina da Silva “quando fazemos uma parceria com ações para dentro da unidade escolar a gente soma muito porque reunimos conhecimento técnico e pedagógico, temos a troca de saberes e todos ganham.”


A secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Educação, Débora Marques Vilar, que representou a secretária Municipal, Edilene de Souza Machado, pontua que essas capacitações são importantes para que os professores e professoras sejam multiplicadores. “Juntos poderemos reduzir os índices de violência contra a mulher que nós encontramos todos os dias nos noticiários. Entendemos que educação é um meio de fazer prevalecer os direitos iguais e o respeito entre os gêneros e os professores poderão multiplicar as informações. Estamos à disposição e podem contar com a Rede Municipal de Ensino”, afirma.


Professora da rede de ensino municipal, Marcela Rezende Guimarães Martins, reforça que levar esse tema para as escolas é fundamental para os envolvidos. “A escola tem esse papel social de levar temas pertinentes como esse. Estamos prontos para ajudar. Podem contar conosco, estamos juntos nessa parceria para que possamos atingir esse público.”


O projeto proposto faz parte da criação e implementação da Rede de Enfrentamento a Violência Doméstica e Familiar no Estado de Mato Grosso.


As capacitações serão realizadas de forma virtual e serão ministradas por magistradas do Poder Judiciário de Mato Grosso e membros da Cemulher-MT.


Ao longo das atividades serão fornecidas cartilhas informativas sobre a Lei Maria da Penha e os direitos da Mulher aos estudantes e educadores e educadoras.



Fonte: Agora MT

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