Jayme afirma que CPMI de 8/1 não pode servir de palanque ou interesses pessoais

O senador Jayme Campos (União Brasil) chamou atenção para possíveis interesses eleitoreiros em cima da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

O requerimento foi lido pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em sessão conjunta entre deputados e senadores, e iniciou oficialmente os trabalhos do colegiado na tarde desta segunda-feira (26).

Em uma publicação feita em seu perfil no Instagram nesta quinta-feira (27), o parlamentar revela sua preocupação em uma entrevista concedida momentos depois da sessão, em Brasília.

“Particularmente, eu tenho uma tese que a CPMI tem que ser uma realidade e não transformar em um palanque eleitoral, ou seja, para interesses pessoais. O mais importante que o povo brasileiro tem que saber a verdade de tudo aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro, de forma que eu espero que o Congresso seja de fato a casa de representação do povo brasileiro e transforme isso aqui numa coisa limpa clara e cristalina para o bem do nosso País”, disse.

“Acima de qualquer coisa a sociedade brasileira quer uma resposta, com muita clareza, para saber de fato o que aconteceu para não ampliar esse imbróglio sobretudo a desconfiança da sociedade em relação as nossas instituições”, completou.

Com a instalação da CPMI do 8/1, Pacheco solicitou que as lideranças partidárias indiquem os nomes dos membros que irão integrar a comissão. O presidente do senado destacou que os trabalhos devem começar na semana que vem, já que após a leitura o colegiado está apto para atuar.

A primeira disputa é pela relatoria da comissão. No Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) é o nome mais forte. Já na Câmara dos Deputados, um dos cotados é o deputado André Fufuca (PP-MA).

Apesar do grande empenho do núcleo bolsonarista em instalar a CPMI, a base governista deve ter a maioria dos membros, devido às configurações de blocos e lideranças partidárias nas duas casas do congresso. No Senado, a “tropa de choque” da CPI da Covid deve ser reeditada na nova comissão, com Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros.

Fonte: O Documento