Fávaro diz que Lula não irá tirar armas do homem do campo
Senador ainda garante que líder petista não fomentará invasões em propriedades privadas e assume desafio de pacificação
Em entrevista publica nas Páginas Amarelas da Veja, o ministro da Agricultura e Pecuária do PT, Carlos Fávaro, afirma, nesta semana, que o ranço do agronegócio com a administração petista se deve muito mais à desinformação difundida pelos radicais do que à realidade.
O mato-grossense garante que a meta é buscar a sustentabilidade e que, ao contrário dos piores temores dos ruralistas, Lula não vai proibir a posse de armas no campo, nem permitir invasões de terras produtivas.
A fala sobre a questão das armas é emblemática, já que o próprio Lula disse que quer sim recolher boa parte do armamento entregue a civis no Governo Bolsonaro e, inclusive, já até revogou decreto do ex-presidente que facilitava o acesso a armas.
Fávaro reafirmou, contudo, que buscar uma reaproximação dos produtores rurais com o Governo e pacificar as relações será o primeiro (e complexo) desafio da sua gestão.
A complexidade também existe em virtude da postura de Lula, que não se cansa de atribuir aos produtores rurais brasileiros a pecha de desmatadores e de ‘fascistas’, fala que o afastou do segmento ainda durante a campanha.
Na opinião de Fávaro, o extremismo por parte de uma ala da categoria é concreto, mas o ministro argumenta que tal sentimento fica restrito a uma minoria que estava gostando do “passa-boiada” dos últimos quatro anos.
O senador de Mato Grosso, agora no comando do setor que mais interessa o estado no Governo Federal, é pecuarista, ex-assentado, sendo proprietário atual de três fazendas que, juntas, somam 3.000 hectares.
Ele foi indicado ao cargo na cota do PSD e teve de ‘converter’ a suplente, Margareth Buzetti (PSD), ao petista para que sua ida ao Ministério se efetivasse.
Fonte: Minuto MT
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