Enfermeira é investigada após levar recém-nascido de paciente para casa no MT
Conforme nota, a mulher ficou com o bebê após saber que o padrasto dele, casado com a mãe, de 22 anos, não aceitava que a criança, que tinha dois dias de vida, fosse para casa
Uma enfermeira, de 36 anos, é investigada pela Polícia Civil após levar um recém-nascido de uma paciente para sua casa em Campo Novo dos Parecis, Mato Grosso, informou a entidade nessa terça-feira (1). Conforme nota, a mulher ficou com o bebê após saber que o padrasto dele, casado com a mãe, de 22 anos, não aceitava que a criança, que tinha dois dias de vida, fosse para casa. O homem também é investigado.
A Polícia Civil foi acionada na última sexta-feira (25) pelo Hospital Municipal da cidade por suspeitas de violência doméstica praticada pelo companheiro da mãe do bebê. De acordo com o registro, “a jovem estava impedida de voltar para sua casa, pois o atual companheiro não aceitava a criança na residência, uma vez que não era seu filho”.
“De acordo com informações do Conselho Tutelar, a vítima estava se sentindo ameaçada pelo esposo, bem como já havia uma medida protetiva contra ele. O caso passou a ser acompanhado também pela Assistência Social do município, para que pudesse encontrar uma casa de apoio e acolhimento para a mãe e o bebê”, diz trecho do comunicado.
Dois dias após dar à luz, a mulher recebeu alta. Ela precisou comparecer no Conselho Tutelar para depoimento, mas estava sem a criança. A jovem relatou que não sabia onde o recém-nascido estava, e disse, apenas, que ela o havia deixado no hospital. O testemunho foi classificado pelas conselheiras como “bastante confuso”.
“Após outras perguntas para saber o que realmente havia acontecido, ela contou que o bebê havia ficado com uma enfermeira que trabalhava no hospital. Com base nas informações, os policiais civis passaram a diligenciar e identificaram quem era a profissional que estava com a criança”, narra a entidade.
Uma equipe de investigadores e conselheiras tutelares foram até a casa da profissional de saúde e a encontraram com o bebê nos braços. “Indícios apontam que a enfermeira levou a criança para casa com a documentação de declaração de nascido vivo, sem comunicar as autoridades e agiu de forma ilegal”, diz a Polícia Civil.
A enfermeira e o marido dela, de 39 anos, foram encaminhados à Delegacia de Polícia da cidade para prestarem esclarecimentos. O recém-nascido foi destinado ao Conselho Tutelar. O caso seguirá em investigação, e os envolvidos não foram identificados.
Fonte: O Tempo
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