Deputados do UB de MT atendem nacional e votam com PT
Dos 57 votos que registrou na apreciação do texto-base do novo arcabouço fiscal, o UB teve 50 voto pró-Governo, incluindo os de MT
Dos 57 votos que registrou na votação que aprovou o ponto principal do projeto de lei complementar (PLP 93/2023), o tão propagado novo arcabouço fiscal do a gestão de Lula (PT), na Câmara Federal, nesta semana, o União Brasil – UB teve 50 votos pró-Governo e apenas sete contrários.
Entre aqueles do partido que se posicionaram ao lado da bancada petista estavam os mato-grossenses, Coronel Assis e Fábio Garcia. Com um placar total de 372 votos favoráveis, 108 contrários e uma abstenção, o Governo Lula passou em seu primeiro grande teste no plenário da Câmara dos Deputados. A nova regra fiscal deve substituir o atual teto de gastos, caso também encontre respaldo no Senado Federal.
O texto precisava do apoio de pelo menos 257 deputados para passar e reforçou a tese de que o União Brasil, que já tem dois ministros no Governo – Juscelino Filho (Comunicações) e Daniela do Waguinho (Turismo) – está cada vez mais situacionista, embora ainda tenha em seus quadros filiados que são totalmente oposicionistas ao PT, caso do senador, Sérgio Moro (UB), e de sua esposa, a deputada federal, Rosângela Moro (UB), que foi um dos únicos votos do partido contra o arcabouço.
Fechamento já em 2022
A aproximação do União Brasil e PT já começou a ocorrer no fim de 2022, quando a vitória de Lula foi confirmada no segundo turno e os petistas ofereceram os dois ministérios para ter apoio do partido comandado nacionalmente por Luciano Bivar (UB), que era olíder do PSL, que elevou Jair Bolsonaro ao posto de presidente da República, em 2018.
Em 2022, o partido se juntou ao Democratas e criou um superpartido, que já nasceu no centrão. Em Mato Grosso, contudo, acompanhando o posicionamento do líder maior da sigla, o governador, Mauro Mendes (UB), o partido tenta se posicionar mais à direita, até para não ter prejuízos eleitorais com o público majoritariamente bolsonarista do estado.
Mendes, inclusive, que decidiu grudar no PL para impedir um adversário bolsonarista e conseguir se reeleger, em 2022, já projeta o seguimento da parceria para 2026. No entanto, já deixou escapar seus reais pensamentos, como quando concordou com Lula, em visita recente do petista ao estado, quando ele disse que Bolsonaro não entregou uma obra sequer no estado (relembre).
Coronel Assis e Fábio Garcia, que inclusive almeja disputar a Prefeitura de Cuiabá, em 2024, têm se apresentado no Congresso Nacional como partes da oposição ao Governo Lula, todavia, seus votos no primeiro teste de fogo do PT na Câmara Federal deixaram claro que a ordem vindo de cima do partido pode falar mais alto.
Além dos dois, os emedebistas Juarez Costa e Emanuelzinho votaram com o PT, formando maioria da bancada mato-grossense pró-projeto, já que embora Amália Barros, José Medeiros e Abílio Brunini, todos do PL, tenham votado contra a proposta, a também bolsonarista do PL, Coronel Fernanda (PL), não registrou voto.
Bastidores
Segundo o colunista José Roberto de Toledo, do UOL, Lula pagou o total de R$ 1,2 bilhão em emendas parlamentares para deputados e senadores no intervalo de uma semana, em momento anterior à votação do texto-base, ocorrida na terça (23). Em suma, cada voto de deputado teria “custado” R$ 3,2 milhões.
Fonte: Minuto MT
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