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Casal dono de berçário em MT é preso após denúncia de maus tratos e tortura de criança autista

No inquérito, a Polícia Civil ouviu nove ex-funcionárias do estabelecimento, que corroboraram as denúncias feitas pelos pais das vítimas

Um casal dono de um berçário e hotel infantil em Sorriso (MT) foi indiciado pela Polícia Civil por tortura e castigo; ameaça; maus-tratos; e omissão perante a tortura. Entre as vítimas estão uma criança autista que foi obrigada a comer areia e outra que teve fezes esfregada no rosto, em forma de punição. O inquérito policial foi concluído e encaminhado nesta segunda-feira (24) ao Poder Judiciário. O homem e a mulher, ambos de 44 anos, identificados pelas iniciais M.D.C.D.O.L. e A.L., foram presos no dia 14 de abril.


A investigação apurou denúncias de maus-tratos, tortura mediante castigo e omissão cometidos pelo casal contra oito crianças de 0 a 5 anos, faixa etária atendida pelo berçário e hotel infantil. Conforme a delegada Jéssica Assis, do Núcleo de Atendimento à Mulher, Criança e Idoso da Delegacia de Sorriso, dois episódios relatados no inquérito chamaram muito a atenção dos investigadores, cometidos contra duas crianças que ficavam no berçário.


Em um deles, a proprietária do local teria esfregado a calcinha e fralda sujas de fezes no rosto das vítimas, a fim de puni-las por defecarem. Outro relato aponta que uma criança autista foi obrigada pela dona do berçário a comer areia. De acordo com a delegada, os elementos probatórios coletados ao longo da investigação apontam que o casal torturava as crianças de maneira explícita, convicto da impunidade de cometer os atos ilícitos há anos, sem que nenhuma medida fosse tomada.


No decorrer do inquérito, a Polícia Civil ouviu nove ex-funcionárias do estabelecimento, que corroboraram as denúncias feitas pelos pais das vítimas e relataram ainda as ameaças feitas pelos donos do berçário. “Os depoimentos são consistentes e confirmam diversas informações que levam à conclusão de que as violações ocorridas no local eram sistêmicas, contínuas e extremamente graves, a ponto de ter colocado em risco a vida de inúmeras crianças, há, no mínimo, quase quatro anos”, explica a delegada.


O estabelecimento atendia crianças entre zero e cinco anos de idade, no centro da cidade de Sorriso, e cobrava valores de até R$ 948 por criança. Entre as agressões narradas pelas testemunhas há relatos de tapas nas nádegas e na boca, mordidas, puxões, golpes com raquetes, empurrões e beliscões contra as vítimas. A alegação era de os atos serviam para disciplinar as crianças. Para livrar-se das denúncias, por muito tempo a proprietária da creche alegou que as agressões eram cometidas por outras crianças.



Fonte: Minuto MT


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