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CadÚnico: sem Bolsa Família e Auxílio Emergencial, população faz filas em busca do Auxílio Brasil

Novo programa social do governo, no entanto, ainda está cercado de indefinições.

Postos do Cadastro Único em cidades de todo o país têm amanhecido com longas filas nos últimos dias. À espera de atendimento, estão milhares de brasileiros buscando informações e cadastramento para benefícios sociais, após o encerramento do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial.


O CadÚnico é a porta de entrada de famílias de baixa renda em programas sociais do país. E deve ser usado, também, para o Auxílio Brasil, que o governo prevê começar a pagar no próximo dia 17, segundo o calendário do agora extinto Bolsa Família.


Segundo o Ministério da Cidadania, o Auxílio Brasil irá contemplar automaticamente as pessoas já cadastradas no Bolsa Família e, por isso, não há necessidade de recadastramento.


As indefinições sobre o novo programa, aliás, também são motivo para as filas nos postos do CadÚnico. Depois de anunciar um valor mínimo de R$ 400 para o 'novo Bolsa', o governo informou que o benefício terá um reajuste menor em novembro, e os R$ 400 serão pagos apenas a partir de dezembro.


O governo também promete 'zerar' até dezembro a fila dos que hoje teriam direito a receber o Bolsa Família mas não estavam recebendo o benefício, incluindo mais 2,6 milhões de pessoas no novo programa social. Mas o fim do Auxílio Emergencial no mês passado deixa pelo menos 22 milhões de brasileiros sem benefício de transferência de renda a partir deste mês.


O recadastramento de beneficiários no Cadastro Único (CadÚnico), em Salvador, registrou novas filas e tumulto nesta sexta-feira. A ação está de forma itinerante no bairro de São João do Cabrito, para atender a população do Subúrbio Ferroviário.


Para conseguir o atendimento, que só começou às 7h desta sexta, muitas pessoas dormiram na fila, o que causou aglomerações desde a noite de quinta-feira. Alguns moradores denunciaram que pessoas pegaram as senhas para vender na fila.


Teve também quem colocou cadeiras, manequins, caixas e até pedaços de madeira para guardar vagar na fila. A estratégia foi adotada no ponto do bairro da Barroquinha, em Salvador, por causa da aglomeração e do baixo número de senhas – apenas 100.


Longas filas têm se formado nos últimos dias na Central de Atendimento do Cadastro Único (CadÚnico) em São Luís.


Segundo os beneficiários, há dias inúmeras pessoas ficam nas filas aguardando a distribuição de senhas, mas somente cerca de 30 senhas são distribuídas por dia.


Na região metropolitana de Belém, muitos beneficiários passaram a noite nas filas em busca do recadastramento do CadÚnico.


Na capital, houve confusão em frente ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Guamá. Muitas pessoas ficaram aglomeradas e reclamaram da falta de senhas. Na cidade de Ananindeua, algumas pessoas ficaram, ao menos, 12 horas na fila.


No Grande Recife, agências para recadastramento do CadÚnico tiveram registro de pessoas jogando dominó e dormindo na rua, além de denúncias de venda dos primeiros lugares de atendimento. Na Central de Atendimento localizada no Recife, havia relato de pessoas que chegaram ao local às 17h da quinta-feira (4).


No Centro de Referência da Assistência Social (Cras) de Jaboatão dos Guararapes, localizado no bairro de Cavaleiro, a equipe da TV Globo viu pessoas jogando dominó durante a madrugada desta sexta (5) para passar o tempo até o início dos atendimentos, que acontece às 7h, e outras em colchões.


Na Central de Atendimento do CadÚnico, localizada na Rua do Imperador Pedro II, número 307, no bairro de Santo Antônio, no Centro da capital pernambucana, houve registro de pessoas dormindo na calçada.


Fonte: G1



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