Botelho quer apoio de Mauro em 2024, mas tem 'não' de Virgínia
Para a primeira-dama, Botelho não é um ‘defensor dos bons costumes e da família’, não sendo assim digno de tal confiança
Articulado no parlamento e fora dele, o atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União), tem tudo para garantir o 4° biênio no comando da cobiçada Casa de Leis, no início do próximo mês.
Para o veterano político, a vitória é mais um importante carimbo no passaporte rumo ao sonho de se tornar prefeito de Cuiabá, em 2024. Botelho considera, todavia, ser indispensável o apoio do atual governador e correligionário, Mauro Mendes (União), na empreitada do ano que vem.
O líder legislativo utiliza, inclusive, a parceria que teve nos últimos anos dentro do parlamento e a que deve ter nos próximos meses para encurralar o governador a não ter outra escolha a não ser seu nome.
Pesa também a favor de Botelho o fator resultante de sua vitória que seria a vaga aberta para Gilberto Figueiredo, atual secretário de saúde e homem de confiança de Mauro, dentro da ALMT, já que ele é o primeiro suplente do União.
Tudo então caminharia para Eduardo ser o ‘candidato natural’, mas um grande obstáculo surge na frente: a primeira-dama, Virgínia Mendes. Bastante ativa nas redes sociais e uma voz mais do que ativa com o governador, ela é ferrenha crítica da postura pessoal e política de Botelho.
Segundo entendimento de Virgínia, que na última eleição presidencial apoiou à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), Botelho não é um ‘defensor dos bons costumes e da família tradicional’, não sendo assim um exemplo adequado para que o marido apoie como homem público pronto para assumir o comando da capital.
A opinião da primeira-dama, que já fez questão de deixar claro: “meu voto ele não tem”, costuma ser decisiva para o marido. Nos bastidores, Botelho tem feito pressão e até ventilado a possibilidade de disputar o pleito sem a benção do Paiaguás, coisa que negava até pouco tempo.
Na análise de quem acompanha a situação mais de perto, se quiser fazer render o tempo e enfraquecer eventual adversário para o ano que vem, talvez já esteja na hora do deputado começar a trilhar o caminho da oposição ao governador.
Fonte: Minuto MT
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